Stravaganza: Árias para castrato

23 JUNHO

21:30, Sala do Trono
Palácio Nacional de Queluz

Com:

Real Câmara
Alois Mülbacher, contratenor
Bertrand Cuiller, cravo e direcção musical

Programa:

Árias e música orquestral de Händel, Porpora, Almeida, Bononcini e Ariosti

Sinopse:

Nas primeiras décadas do século XVIII assistimos ao apogeu dos castrati como estrelas hegemónicas no domínio da ópera séria italiana na Europa. A sua presença nos papéis principais era altamente requisitada e recompensada com pagamentos astronómicos, tornando-os no equivalente setecentista das actuais estrelas da música pop. Das vozes dos castrati restam-nos os relatos da época que descrevem a forma como, aliando um brilho especial a uma grande potência, possuíam uma extraordinária amplitude vocal, do registo agudo ao grave, o que torna muito difícil a execução de repertório escrito especificamente para esta tipologia vocal.

O programa apresentado tem por inspiração um momento histórico que envolve aqueles que terão sido os mais famosos castrati: Francesco Bernardi — ‘Senesino’ e Carlo Broschi — ‘Farinelli’.

Numa tentativa de destronar a supremacia de Georg Friedrich Händel na cena operática londrina, é criada em 1733 a Opera of the Nobility. Com o napolitano Nicola Porpora como compositor principal, a companhia tem como grande trunfo inicial Senesino, até então estrela da companhia de Händel e contará, a partir da segunda temporada, com Farinelli, aluno de Porpora desde os 12 anos. O programa ilustra musicalmente este episódio, com obras de Händel, Porpora, Ariosti e Bononcini, explorando também a forte ligação de Farinelli a Maria Bárbara de Bragança, Princesa de Portugal e Rainha de Espanha, não só como seu professor mas também como companheiro na organização musical da corte espanhola até à sua morte. A infanta deixou-lhe em testamento vários dos seus instrumentos, assim como a sua valiosa biblioteca que incluía seguramente várias obras do compositor português Francisco António de Almeida.

VOLTAR AO PROGRAMA