Xavier de Maistre e Jovem Orquestra Portuguesa
"Em festa ao som da harpa"

23 JUNHO

18:00, Auditório Jorge Sampaio
Centro Cultural Olga Cadaval

Jovem Orquestra Portuguesa

Pedro Carneiro, maestro

Xavier de Maistre, harpa

Programa:

Franz-Joseph Haydn, O Caos, de A Criação Hob.XXI:2

Alberto Ginastera, Concerto para Harpa

  • Allegro giusto
  • Molto moderato
  • Liberamente capriccioso - Vivace

Antonín Dvořák, Sinfonia nº9 em Mi menor, Op.95, “Do Novo Mundo”

  • Adagio - Allegro molto
  • Largo
  • Scherzo: Molto vivace

Finale: Allegro con fuoco

Sinopse:

Xavier de Maistre é um dos mais destacados harpistas da atualidade, e de todo o seu repertório, é precisamente com o Concerto para Harpa do argentino Alberto Ginastera que mais se tem destacado em todo o mundo.

Escrito na década de 1950, este Concerto para Harpa não se coíbe de mostrar uma paleta de sonoridades absolutamente exuberante, que passadas sete décadas continua tão fresco e surpreendente como no dia em que foi ouvido pela primeira vez.

O programa, que tem início nas notas que dão conta do caos antes da criação divina segundo Haydn, e passa então pela Argentina, vai concluir-se com uma sinfonia de inspiração norte-americana, a famosa Sinfonia Do Novo Mundo, na qual Antonín Dvořák, depois de uma estadia muito criativa nos Estados Unidos, toma inspiração da música nativa americana e propõe a incorporação de alguns temas originais na sua partitura. O resultado é uma sinfonia repleta de momentos mágicos por todos os seus quatro andamentos, que vão da sonoridade mais heroica aos ambientes mais delicados.

Sobre os artistas

Natural de Toulon, em França, Xavier de Maistre é um dos principais harpistas da atualidade e um músico profundamente criativo. Como aguerrido embaixador do seu instrumento, tem contribuído para a ampliação do repertório da harpa, encomendando novas obras a incontáveis compositores, mas também realizando transcrições do mais importante repertório instrumental.

Xavier de Maistre estreou em 2024 o primeiro concerto para harpa do recém-falecido Peter Eötvös, que o escreveu especialmente para de Maistre, com atuações com a Orchestre Philharmonique de Radio France, Rundfunk-Sinfonieorchester Berlin, Orchester de la Suisse Romande, Fundação Casa da Música, NHK Orquestra Sinfónica, Radio-Symphonieorchester Wien.

Também nesta temporada, apresenta-se em dueto com Rolando Villazon em locais e festivais de prestígio como a Philharmonie de Paris, o Lincoln Center de Nova York, o Mozarteum Salzburg e o Festival de Yerevan. Outros destaques da temporada também incluem convites importantes para o Festival Enescu, a Orquestra Sinfónica de Singapura, Orquestra Sinfónica de Sydney e Orquestra Sinfónica de Lucerna.

Em temporadas recentes, tem-se apresentado com as principais orquestras do mundo, como a Orquestra Sinfónica de Chicago, Orquestra Sinfónica de Montreal, Orquestra Sinfónica de Birmingham, Orquestra Filarmónica de Los Angeles, Orquestra Filarmónica de Londres, Orquestra de Paris, Tonhalle-Orchester Zürich, Mozarteum Orchester Salzburg, entre incontáveis outras, com as quais tem trabalhado com os mais importantes maestros da atualidade.

Além de percussionista, Pedro Carneiro é cofundador, director artístico e maestro titular da Orquestra de Câmara Portuguesa e da Jovem Orquestra Portuguesa.
Na sua tripla atividade como instrumentista, chefe de orquestra e compositor, Pedro Carneiro tem vindo a cativar plateias por todo o mundo. Estudou piano, violoncelo e trompete desde os cinco anos de idade e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian na Guildhall School of Music and Drama, onde terminou a sua licenciatura com a distinção. Seguiu também os cursos de direção de orquestra de Emilio Pomàrico, na Accademia Internazionale della Musica, em Milão.
Pedro Carneiro estreou mais de uma centena de obras e trabalha regularmente com celebrados instrumentistas, orquestras e compositores. Tem-se apresentado como solista com prestigiadas orquestras internacionais, como a Los Angeles Philharmonic, Seattle Symphony Orchestra, BBC National Orchestra of Wales, Helsinki Philharmonic e Finnish Radio Symphony Orchestra, Iceland Symphony Orchestra, English Chamber Orchestra, Vienna Chamber Orchestra, Budapest Festival Orchestra, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Leipzig Radio Symphony Orchestra e Swedish Chamber Orchestra, entre outras, sob a direção de maestros como Gustavo Dudamel, Oliver Knussen, John Neschling e Christian Lindberg.

Colaborou ainda com prestigiados instrumentistas e compositores, como os quartetos Tokyo, Shanghai, Chilingirian, New Zealand e Latinoamericano. Em particular, a sua colaboração estreita com o quarteto Arditti está fixada em dois registos discográficos. Carneiro compõe para teatro, dança e cinema. Da sua extensa discografia, destaca-se a monografia de Xenakis e dois discos concertantes no selo germânico ECM.

Apresenta-se regularmente como chefe de orquestra (por vezes dirigindo a partir do teclado da marimba) em diversas orquestras nacionais, como a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra do Algarve e Fundação Orquestra Estúdio, e internacionais, como a Orquestra Sinfónica da Estónia, sendo maestro convidado no Round Top Festival, no Texas, EUA e no Festival de Música de Santa Catarina, Brasil.

A Jovem Orquestra Portuguesa (JOP) é a orquestra nacional de jovens, embaixadora do talento de Portugal na Europa e no mundo. Representa Portugal na European Federation of National Youth Orchestras (EFNYO) e é parceira criativa da Fundação Dudamel. Nasceu em 2010, sob direção artística de Pedro Carneiro.

Internacionalizada em 2014, a JOP apresenta-se regularmente em festivais de música clássica, onde se destaca a participação assídua no Young Euro Classic.

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